Febre amarela: Minas Gerais confirma novos casos e óbitos

O Ministério da Saúde informa que, entre os 206 casos de febre amarela notificados até esta quinta-feira (19) em Minas Gerais, 34 foram confirmados, sendo 23 mortes. Além desses diagnósticos concluídos, outras 31 mortes suspeitas e 141 casos suspeitos ainda estão sendo investigados. Para auxiliar na intensificação da imunização em Minas Gerais, o Ministério da Saúde enviará a partir desta sexta-feira (20) mais duas remessas de vacinas para o estado, totalizando 800 mil doses contra febre amarela. Vale ressaltar que já foram enviadas neste mês de janeiro 1,6 milhão de doses extras.

O Ministério da Saúde esclarece que a confirmação dos casos e óbitos não significa alteração do cenário epidemiológico atual. Os casos continuam concentrados na mesma região de mata dos 29 municípios mineiros com notificações de casos suspeitos. Equipes do Ministério da Saúde seguem acompanhando a situação no local para auxiliar na identificação de possíveis casos e nas medidas de prevenção. A investigação está sendo conduzida em conjunto pelo Ministério da Saúde, estado de Minas Gerais e municípios envolvidos.

O estado do Espírito Santo notificou outros dois casos suspeitos da febre amarela silvestre, totalizando 8 casos suspeitos e nenhum confirmado, até o momento. As suspeitas são dos municípios de Ibatiba, São Roque do Canaã, Conceição do Castelo, Colatina e Baixo Guandu. Um desses casos suspeitos está sob investigação para identificar o local provável de infecção (LPI). Esta semana o Ministério da Saúde encaminhou 500 mil doses extras para o estado.

Além disso, distribuiu, no mês de janeiro, 650 mil doses da vacina de febre amarela para todo o país, como parte da rotina de abastecimento do Calendário Nacional de Vacinação. O estoque disponível no Ministério da Saúde é suficiente para atender a demanda do momento.

CASOS –

Em 2016, foram confirmados sete casos da doença, nos estados de Goiás (3), São Paulo (2) e Amazonas (2), sendo que cinco deles evoluíram para óbito. Atualmente, o Brasil tem registros apenas de febre amarela silvestre. Os últimos casos de febre amarela urbana (transmitida pelo Aedes aegypti) foram registrados em 1942, no Acre.

A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como medida adicional de proteção, o Ministério da Saúde definiu a manutenção do esquema de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo uma dose aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos.

A recomendação de vacinação para o restante do país continua a mesma: toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, deve se imunizar. Os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão fora da área de recomendação para a vacina.

É importante informar que a vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e é enviada, mensalmente, para todo o país. Em 2016, o total distribuído foi de mais de 16 milhões de doses. A vacina é altamente eficaz e segura para o uso, a partir dos nove meses de idade, em residentes e viajantes a áreas endêmicas ou, a partir de seis meses de idade, em situações de surto da doença.

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