Teste de curvas infantil ajuda a detectar problemas no crescimento

Você acha que o desenvolvimento físico do seu filho é lento e não vê avanços em sua estatura? Fique atento. Esses podem ser sinais de problemas na produção do hormônio GH, um importante regulador do crescimento.

Conforme dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), crianças no primeiro ano de vida crescem em média 25cm; a partir do segundo ano, 12cm e no terceiro, de 7 a 8cm. Já no quarto ano atingem de 5 a 7cm e depois o ritmo diminui um pouco, mas na fase da puberdade o crescimento retoma velocidade e pode atingir de 10 a 12cm.

O patologista clínico Luiz Carlos, consultor médico do Laboratório Sabin, orienta que os pais prestem atenção nas diversas fases de crescimento dos filhos e busquem ajuda profissional assim que perceberem algo errado. “A evolução na estatura da criança pode ser afetada por distúrbios na produção do hormônio GH, o que, muitas vezes, pode passar despercebido pelos pais ou responsáveis”, diz o médico.

Ele ressalta que, quanto mais cedo forem diagnosticados os problemas do crescimento, maior a chance de recuperar os centímetros perdidos e alcançar a estatura adequada ao seu padrão genético. No entanto, para que seja eficaz e tenha boa resposta, o tratamento deve ser buscado antes da puberdade.

O diagnóstico para problemas com o hormônio do crescimento é confirmado por exames laboratoriais, como o como os testes funcionais para avaliação hipotálamo-hipofisária que podem ser realizados já a partir dos dois anos de idade. “Se o pediatra que acompanha a criança perceber que não está havendo evolução no crescimento dela, já pode encaminhar para um endocrinologista, que pedirá os exames adequados”, orienta Luiz Carlos.

De acordo com o consultor médico, existem diversos tipos de estímulos farmacológicos aplicados nos testes, dos quais os mais frequentes são: a clonidina e a insulina.

Para o especialista, a escolha do teste depende de características de cada paciente e do atendimento ao protocolo de investigação praticado em cada serviço de atendimento a saúde. O teste da insulina possui grande acurácia diagnóstica e é aplicada de forma endovenosa e a criança precisa estar em jejum por no mínimo oito horas. O exame avalia a liberação do GH no organismo dentro de determinados intervalos de tempo, gerando uma curva que possibilita a análise precisa sobre a produção do hormônio. O resultado fica pronto em no máximo cinco dias, garante o patologista.

Genética e fatores ambientais

Luiz Carlos destaca ainda, que a baixa estatura nem sempre está relacionada a problemas no organismo do indivíduo. Se o pai e a mãe forem baixos, há poucas chances de a criança ser mais alta que os dois, por isso a altura genética deve ser considerada. Fatores ambientais também podem influenciar, como má qualidade do sono, da alimentação, doenças e falta de atividades físicas regulares.

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