Wilder Morais critica adoção de livro com conteúdo satanista em escolas públicas

O senador Wilder Morais (PP-GO) criticou a adoção do livro A máquina de brincar, do escritor gaúcho Paulo Bentancur (1957-2016), por escolas públicas do estado de Goiás. Segundo ele, a obra, que consiste em poemas direcionados para o público infantil, promove um “culto ao satanismo” ao apresentar a figura do diabo como um amigo. Ele argumentou que o Brasil, como país laico, não deveria dedicar dinheiro público a materiais com esse conteúdo.

— Em vez de apreciar os clássicos da literatura, a criança é apresentada ao diabo como um personagem cortês e a Deus como algo questionável. O livro é um bem duradouro, vai continuar nas escolas à disposição das crianças, com a personalidade ainda em formação e a mente exposta e sem defesa — afirmou Wilder Morais.

Ainda segundo o senador, que leu vários versos da obra em Plenário, o livro “faz troça” com as pessoas religiosas, zomba do ato da oração. Ele classificou a obra como “uma heresia”, mas destacou que não é necessário ser cristão para compreender que a influência exercida por ela tem um grande potencial negativo sobre a formação das crianças.

Wilder Morais ressaltou que não defende a censura e que todos os autores têm o direito de escrever e publicar os livros que quiserem. No entanto, para ele, os governos não deveriam usar dinheiro público par aadotar publicações desse tipo no ensino fundamental da rede pública..

Seu pronunciamento foi apoiado pelo senador Magno Malta (PR-ES).(Ag. Senado) Foto: Moreira Mariz/Agência Senado

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