A Comissão dos Direitos do Cidadão se reuniu no início da tarde de terça-feira (28), no Salão Nobre da Câmara, para debater o sistema de transporte coletivo por ônibus na capital baiana. O presidente da Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (Arsal), Henrique Trindade, participou do encontro e esclareceu as dúvidas dos vereadores sobre o processo de concessão do serviço. Ele ainda falou sobre a idade da frota municipal e o reajuste da tarifa de ônibus no início do ano.
De acordo com Henrique Trindade, o Ministério Público baiano acompanhou desde o início a licitação do sistema de ônibus, garantindo a lisura e a transparência do processo de concessão do transporte público em Salvador. “Todo o sistema de transporte urbano é acompanhado rigorosamente pela doutora Rita Tourinho, e não foi diferente no momento da licitação”, afirmou o presidente da Arsal.
Na ocasião, Henrique Trindade forneceu ao colegiado da Câmara o parecer que autorizou e validou o processo de concessão do sistema de ônibus em Salvador. “Nós também vamos colocar à disposição, no site da Arsal, todo o estudo feito pela Deloite sobre o transporte público”, informou.
Avaliação positiva
O presidente da Comissão dos Direitos do Cidadão, vereador Alexandre Aleluia (DEM), avaliou positivamente o encontro. “Diante dos questionamentos legítimos da oposição, tomamos a decisão de convidar Henrique Trindade, que explicou com detalhes e bastante clareza o processo de outorga do transporte público de Salvador”, disse, ressaltando que a reunião reforçou o espírito democrático da Câmara.
No Salão Nobre, o presidente da Comissão de Transporte da Casa, Hélio Ferreira (PCdoB), alertou para a crise do transporte público, que se reflete na frequente queda do número de passageiros. Como reação ao problema, que pode gerar desemprego no setor, ele defendeu maior rigor do Poder Público na fiscalização do transporte clandestino.
O líder da bancada governista da Câmara, vereador Henrique Carballal (PV), sugeriu o aprofundamento e a ampliação dos debates sobre o transporte urbano da capital. “Podemos também convocar os presidentes da CCR e da Agerba para prestar esclarecimentos sobre o metrô, que, hoje, é praticamente sustentado pelo sistema de ônibus”, assinalou.
“Não é possível ter um metrô vazio e um sistema de ônibus sobrecarregado”, avaliou Maurício Trindade (DEM), na reunião que contou ainda com a participação dos vereadores Duda Sanches (DEM), Tiago Correia (PSDB), Lorena Brandão (PSC), Alfredo Mangueira (PMDB), Teo Senna (PHS), Moisés Rocha (PT) e J. Carlos Filho (SD).
