Proprietário do casarão que desabou na Soledade permanece foragido

José Ivo da Costa Santos, proprietário do imóvel localizado na Ladeira da Soledade, Lapinha, que desabou por volta das 23h desta segunda-feira (24), permanece foragido. A parede lateral do casarão cedeu e vitimou fatalmente três pessoas, ferindo outras duas. José Ivo foi notificado pela Defesa Civil de Salvador (Codesal), no ano de 2011 e orientado a realizar a recuperação ou escoramento da edificação com urgência. O imóvel é tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).

O diretor-geral da Codesal, Gustavo Ferraz, acompanha as investigações sobre o acidente, junto à 2ª Delegacia, na Lapinha, que registrou queixa de familiares na madrugada após o desabamento. “Moradores da região relataram que o proprietário havia mexido no telhado, não se sabe exatamente quando. Ele estava mexendo no telhado de um imóvel tombado pelo IPAC, que determina que sejam preservadas as características do prédio, e não deve ter tido a liberação para isso”, relata Ferraz.

As vistorias preventivas realizadas Codesal em casarões históricos são executadas periodicamente, a partir de demandas dos cidadãos. O processo tem início por meio de contato telefônico através do número 199, que antecede a visita ao imóvel sob risco. Durante a análise, o engenheiro verifica as condições da construção e o iminente risco de desabamento no local, seja por problemas relacionados à chuva, estruturais ou por outros fatores externos, como incêndios e falta de manutenção predial.

Todas as inspeções, independentemente de o imóvel ser particular ou público, são realizadas a partir da avaliação de risco geológico ou construtivo, de forma a prevenir, proteger e preservar o bem-estar e a proteção civil dos cidadãos. No caso de edificações tombadas, as obras solicitadas pelo órgão deverão estar em conformidade com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) ou Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

No caso de imóveis tombados, o diagnóstico, ao qual são adicionadas possíveis orientações para procedimentos de reparo, é encaminhado a um dos órgãos que cuidam do patrimônio histórico para que os devidos procedimentos preventivos, como escoramento ou restauração, sejam realizados com brevidade. “Temos uma ação limitada nesses imóveis tombados. Fazemos a análise detalhada e encaminhamos o parecer técnico aos órgãos competentes para que as medidas cabíveis sejam tomadas o quanto antes”, explica Gustavo Ferraz.

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