Manifestações descentralizadas pelo País criticam reformas e pedem saída de Temer

Para o deputado Orlando Silva, da oposição, os protestos são um alerta para a sociedade brasileira; já o deputado Carlos Marun, da base aliada, avalia que há “conspiração asquerosa”.

Em diferentes estados e no Distrito Federal, sindicatos e movimentos sociais fizeram nesta sexta-feira (30) protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência e também pela saída do presidente Michel Temer do cargo.

Diferentemente da greve geral de abril último e do movimento “Ocupa Brasília” em maio, as manifestações foram descentralizadas, com atos em diferentes pontos de rodovias ou cidades.

Para o presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), os protestos são um alerta para a sociedade e para o governo de que as crises política e econômica vão se agravar se Temer permanecer no cargo.

“Considero importante que haja protesto, mobilização, e, mais, que haja um alerta à sociedade brasileira”, disse. “Esses protestos ocorrem também porque o Brasil não tem um governo legítimo. Temer não tem nenhuma condição política e, enquanto estiver no governo, a crise vai se agravar.”

Vice-líder do PMDB na Câmara, o deputado Carlos Marun (MS) avaliou que as manifestações são resultado de uma conspiração organizada, com o objetivo de impedir as reformas propostas por Temer.

“Essa greve é, na verdade, resultado dessa conspiração asquerosa que se estabeleceu com o objetivo de depor o presidente Temer e evitar que as reformas avancem”, afirmou. “Não há como dizer que essas pessoas estão pensando nos empregos, nos desempregados. Estão pensando nas suas aposentadorias.”

Distrito Federal
Em Brasília, para evitar danos ao patrimônio público, a Polícia Militar do Distrito Federal cercou a Esplanada dos Ministérios desde a madruagada de hoje e instalou barricada em frente ao Congresso Nacional. Mais de 2.600 policiais estão no local. Não houve incidentes até o momento.

Em manifestação anterior, no dia 24 de maio, ocorreram incidentes violentos na Esplanada dos Ministérios. O presidente Michel Temer chegou a editar decreto que autorizava o uso das Forças Armadas para garantia da lei e da ordem em Brasília. O decreto foi revogado no dia seguinte, em meio às reações contra a medida.(Agência Câmara Notícias) Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

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