Ângelo Coronel diz que audiência da TV Alba é pífia

Uma TV ALBA forte, que chegue aos lares da capital e interior, com conteúdo e uma programação que desperte o interesse dos baianos. É o perfil que a televisão do Legislativo estadual deverá ter em breve, conforme cobrado pelo presidente da Casa, deputado Angelo Coronel (PSD), em reunião com todo o corpo de funcionários da emissora, na tarde desta quinta-feira (27), no Salão Nobre da Casa.

“Cobrança de comprometimento faz-se olhando no olho de cada um, e não conversando apenas com a diretoria. Vamos ter que mudar. Não há ninguém aqui irremovível, independentemente do padrinho político”, disse Coronel, em tom firme e espírito desarmado.

O desejo de Coronel é incluir também a comunicação televisiva no novo tempo em que vive a Casa – ou seja, na esteira das mudanças de atitude, lógica e valores que vêm passando todos os setores do Poder Legislativo baiano.

O tema TV TV Alba foi ao ar com força nos corredores da Casa e em sites e blogs da imprensa baiana depois que Coronel, em entrevista ao Programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, último dia 24, chamou a audiência da TV Alba de pífia e que não estava justificando o alto investimento feito com recursos públicos.

Ante os mais de 60 profissionais de mídia – estava incluída ainda toda a assessoria de comunicação da Assembleia -, o presidente observou que ficou boquiaberto com o resultado da pesquisa de audiência que encomendou, sem, contudo, declinar os números.

R$ 12 MILHÕES/ANO

“Embora a TV Alba seja administrada pela Fundação Paulo Jackson, mas é um braço da Casa. Peço o empenho de todos vocês para fazermos uma TV de verdade, eficiente. Não quero ser conivente em fazer um investimento da ordem de R$ 12 milhões/ano, sem dá uma contrapartida de qualidade ao povo da Bahia”, cobrou o pessedista.

Revelando conhecimento de como deve ser o processo comunicacional com o advento das novas mídias, Coronel pediu celeridade na veiculação da notícia, que a emissora faça chegar à sociedade as ações realizadas pelo parlamento e que gostaria de sentir vontade de assistir a sua programação.

Ele sugeriu que sejam firmadas parcerias com outros órgãos públicos, a exemplo do Tribunal de Justiça da Bahia, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), para transmitir as suas sessões. Outra ideia de Coronel é que a emissora também possa fazer transmissão de eventos culturais, esportivos e de entretenimento que possam contemplar setores da sociedade que não dispõem de recursos para assisti-los.

Coronel também aproveitou para anunciar que a televisão do Legislativo, em breve, se deslocará todas as sextas-feiras para um município baiano, para o Projeto Alba Debate, uma iniciativa de caráter social, com a finalidade de discutir com a população os problemas e anseios da região. Juazeiro, no norte do Estado, e Itabuna, sul baiano, serão as primeiras experiências.

Para o presidente, a reunião não era para dar um “carão” nos servidores, e sim para ouvir a queixa de todos e buscar corrigir as distorções. Coronel franqueou a palavra a todos, e mais de uma dúzia de profissionais – entre repórteres, editores, produtores e os diretores Igor Fernandes, Bruno Leal e o chefe da Ascom, Paulo Bina, apresentaram propostas, apontaram falhas, reivindicaram equipamentos e demonstraram interesse em abraçar a guinada sugerida.

Depois de anotar todas as reivindicações apresentadas, Coronel confessou sua alegria com a compreensão do conjunto dos profissionais e prometeu estudar cada sugestão. Para ele, com uma TV Alba forte, “todos nós ficaremos fortes”. E brincou: Espero que um dia a gente concorra com a Globo.

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