Um ano após a destituição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), completados nesta quinta-feira (31), a análise da vereadora Marta Rodrigues (PT) é de que a população brasileira precisa voltar a ter esperança na política, se incluir nas pautas, discussões e debates nos espaços de poder. “O Brasil tomou o caminho do retrocesso com a retirada de direitos trabalhistas, com o discurso do ódio da extrema-direita, mas o brasileiro não pode perder as esperanças. A luta é árdua, e precisamos resistir a tudo isso. Esse deve ser o momento de nos unir”, afirma a vereadora.
Segundo a vereadora, já ficou nítido para o País que a ex-presidenta Dilma não cometeu nenhum crime ou ilegalidade para ser retirada da presidência. “Ela foi inocentada no caso Passadena pelo TCU, a Polícia Federal apontou laudo dizendo que ela nunca tentou obstruir a Justiça, o Ministério Público apontou que não houve sequer as pedaladas fiscais, que foi o argumento utilizado pelos golpistas para retirá-la do poder. Também não houve comprovação de contas dela no exterior. Não há nada contra Dilma e hoje todos tem conhecimento disso”.
Marta aponta que um ano de golpe equivaleu a um retrocesso de décadas no Brasil. “Além da reforma trabalhista, tivemos o congelamento por 20 anos dos investimentos em saúde e educação, corte de verbas para o atendimento de mulheres vítimas de violência, a exclusão dos termos ‘identidade de gênero’ e ‘orientação sexual’ da Base Nacional Curricular. São muitos os retrocessos”, lembra.
Para a vereadora, as medidas impopulares e elitistas do presidente ilegítimo Michel Temer chamaram a atenção da sociedade para a necessidade de participação popular na política . “Muita gente que antes era a favor do impeachment, hoje já percebeu que se tratou de um golpe. As pessoas estão começando a abrir os olhos para o que aconteceu e isso nos dá ânimo para pensar em 2018”, destacou.
