Prevenção ao suicídio é tema da Semana de Valorização da Vida

Está pronto para ser votado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado projeto de lei que institui a Semana Nacional de Valorização da Vida, um evento anual para prevenção ao suicídio. Durante a semana, que já vem sendo realizada independentemente de lei, governos e sociedade deverão promover atividades em todo o país para debater estratégias de conscientização e esclarecer a população sobre questões como os motivos de alguém a tirar a própria vida, quais os possíveis sinais de alerta e onde procurar ajuda.

Neste domingo (10), mais uma vez as entidades ligadas a esse problema estarão em campo para marcar o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, por meio de caminhadas e palestras. No Parque da Cidade, em Brasília, haverá concentração no Estacionamento 12 seguida de marcha, entre outras atividades. O Senado está participando da campanha por meio da iluminação especial amarela até o final do mês.

O projeto (PLS 163/2017) , do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), responde a uma preocupação antiga de entidades médicas. O suicídio é um grave problema de saúde pública. Faz mais vítimas do que a guerra e os homicídios, somados. É a segunda causa de morte de jovens no mundo. Mata mais do que o HIV. E apesar dessa gravidade, ainda é um tabu, cercado de preconceitos e do qual pouco se fala.

Cerca de doze mil pessoas se matam a cada ano no Brasil. E os números estão crescendo. A maioria dessas mortes poderia ser evitada, sustentam profissionais da área.

Mas o tabu prejudica a prevenção, impedindo que mais gente em sofrimento procure ajuda. Por isso, é preciso falar sobre suicídio, rompendo o silêncio para informar a população.

— Temos 800 mil casos de suicídio por ano no mundo. Esse problema precisa ser debatido abertamente, não pode ser ignorado — diz Garibaldi, que acredita que a campanha ajudará a reduzir essas mortes no país.

Preocupação mundial

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconhece o suicídio como prioridade e ressalta que as mortes, em 90% dos casos, podem ser prevenidas, se quem está em risco receber assistência.

A organização conclamou os países-membros a diminuir a incidência em 10% até 2020. O Brasil é um desses países. Aqui, porém, os números estão aumentando, o que já levou organizações como o Exército a iniciar programas de prevenção.(Tatiana Beltrão, da Agência Senado) Foto: Jefferson Rudy

Categorias: Destaque

Comentários estão fechados