Parlamentares lançam movimento para evitar privatização da Eletrobras

Um ato público na Câmara dos Deputados marcou o lançamento, nesta terça-feira (12), da Rede Parlamentar em Defesa da Soberania Energética e Nacional. A campanha quer evitar a privatização da Eletrobras e de outras empresas de geração e distribuição de energia. A reforma do setor foi anunciada pelo governo federal em julho e ainda vai ser encaminhada ao Congresso.

Deputados federais e senadores querem atuar em conjunto com deputados estaduais e vereadores para evitar as mudanças, como explicou a coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Elétrico Nacional, deputada Erika Kokay (PT-DF). “Precisamos levar a defesa do Brasil para todos os legislativos deste País. Energia é insumo fundamental para o bem-estar da população e para os desenvolvimentos industrial e agrícola. Nenhuma nação desenvolvida coloca à venda sua soberania energética, como este governo tem feito”, declarou.

Entre parlamentares da base, também houve críticas à política energética do Executivo. O deputado Júlio César (PSD-PI) questionou, por exemplo, a inclusão de companhias regionais, como a Chesf, do Rio São Francisco, na lista de empresas a serem privatizadas. “Como coordenador da bancada do Nordeste, sou obrigado a me posicionar a favor da minha região. Precisamos de mais investimento, de mais eficiência do governo”, comentou.

Investimento público
Representante dos trabalhadores das empresas do setor elétrico, Fabíola Latino, da Confederação Nacional dos Urbanitários, ressaltou que essa é uma área que depende de recursos públicos.

“Todo projeto de expansão para geração e transmissão de energia elétrica já é feito via parceria público-privada, que conta com dinheiro do BNDES. Nos empreendimentos em que entrou sozinha, a iniciativa privada desistiu do negócio ou da licitação”, disse.

Qualidade do serviço

Presente ao lançamento da rede parlamentar, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Eduardo Borges da Silva, disse ter receio de que as privatizações provoquem o aumento do custo da energia e a piora do serviço, prejudicando especialmente a população de baixa renda.(Agência Câmara Notícias) Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

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