Coletivo Vai ter Gorda desembarca na praia de São Tomé de Paripe nesta quarta, 15

Na luta há mais de cinco anos contra o preconceito com pessoas gordas, a funcionária pública, produtora de eventos, modelo e miss plus size Bahia, Adriana Santos, resolveu criar o movimento Vai Ter Gorda, em janeiro de 2016, através de uma atividade na praia.

O evento ganhou uma grande notoriedade e seriedade na luta contra a Gordofobia, sendo destaque na capa dos principais jornais de grande circulação no Estado da Bahia, nos blogs, em rádios e nas TVs. Nesta quarta-feira, 15, o Movimento Vai Ter Gorda desembarca na praia de São Tomé de Paripe, subúrbio ferroviário, em mais uma atividade contra o preconceito com as gordinhas.

O Movimento Vai Ter Gorda tem o objetivo de incentivar ações que valorizem as pessoas gordas na sociedade como seres humanos, respeitando as diferenças e atingindo pessoas que estão acima do peso, com baixa autoestima e que muitas vezes são invisibilizadas pela sociedade. “Temos visto os efeitos positivos do movimento em que as mulheres são acolhidas, sentem-se representadas e felizes por compartilharem as experiências vividas, o que as empoderam”, pontua Adriana.

Ainda segundo Adriana Santos, o movimento é unissex, ou seja, homens e mulheres participam das atividades e ações. “Usamos o nome GORDA para empoderamento e afirmação quanto ao gênero e ao corpo. Não fazemos apologia à obesidade. E acreditamos que pelo fato das pessoas gordas em sua maioria sempre serem invisibilizadas ou quando vistas serem de maneira cômica ou negativa, a questão da gordofobia nunca foi amplamente discutida pela sociedade”, observa a miss plus size Bahia.

Entre os casos mais comuns de preconceito, discriminação e gordofobia que as integrantes relatam (que chegam em muitas situações a serem cômicas e desconfortáveis) estão:

Dificuldades em passar nas catracas de ônibus e departamentos;
Ficar presas nos assentos e poltronas;
O não fechamento do sinto de segurança;
e quando a cadeira é quebrada em restaurante, clubes, praias e provadores de roupas.

Os relatos vão além do que se possa imaginar. “Também sofremos preconceito em situações negativas e desvalorizadas, somos vistas como preguiçosas, doente, fedorenta e em algumas pessoas chega a causar asco. Nossa relação com o público é de informar sobre nossas atividades, divulgar palestras, cursos, seminários e tudo que envolve o empoderamento da mulher. Recebemos diariamente várias mensagens e depoimentos de meninas que elevaram sua autoestima após saber do movimento e participar também das atividades”, conclui Adriana.

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