Carnaval de Salvador toma banho de pipoca e de vigor: confira balanço da festa

Números afastam qualquer critica sobre esvaziamento de uma festa que renuiu 2 milhões de pessoas por dia e com tranquilidade.

O Carnaval de Salvador ganhou, este ano, um banho de pipoca, de alegria e de vigor. Basta encarar os números, que desarmam qualquer crítica que aponte crise ou esvaziamento da festa. Com 186 trios desfilando sem cortas e mais 250 atrações gratuitas nos bairros e palcos temáticos instalados pela Prefeitura em diversos cantos da cidade, a folia na capital baiana reuniu, diariamente, 1,8 milhão de pessoas nas ruas pulando só na pipoca. Se somar camarotes mais blocos com cordas, esse quantitativo chega a 2 milhões de pessoas, de acordo com os cálculos da Saltur, com 750 apresentações em todos os circuitos oficiais.

Esses dados não incluem o pré-Carnaval, que teve Fuzuê, Furdunço e Pipoco na Barra, reunindo, no total, um três milhões de pessoas. Durante o período carnavalesco oficial, nos palcos temáticos montados na Praça da Cruz Caída, no Terreiro de Jesus, no Circuito Mestre Bimba (Nordeste de Amaralina) e nos bairros de Cajazeiras, Liberdade, Plataforma, Boca do Rio, Itapuã, Pau da Lima e Periperi, um milhão de foliões brincaram em clima familiar ao som de diversos estilos musicais e atrações.

Foram, no total, quase 1,2 mil horas de música e muitas novidades, como o primeiro Carnaval Náutico, que aconteceu na Baía de Todos-os-Santos, com um público de 1,5 mil pessoas e 150 embarcações. O projeto Pôr do Sol, na Praça Castro Alves, que esse ano aconteceu durante três dias, com shows gratuitos em cima do trio de nomes como Moraes Moreira, Baby do Brasil e Armandinho, mobilizou 50 mil foliões por dia.

Economia – Quando o assunto é economia, o Carnaval de Salvador foi outro sucesso. Cerca de R$1,7 bilhão foram movimentados na cidade, que recebeu quase 800 mil turistas. A rede hoteleira bateu recordes de ocupação, o que é um indicativo importante do êxito econômico da folia. A média de ocupação chegou a 93%, segundo estimativa da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (FeBHA). O melhor dia de aluguel de leitos foi registrado entre o último domingo e a segunda-feira, quando a taxa alcançou 96%. Foi a melhor ocupação entre todas as capitais do Brasil.

Durante o período carnavalesco, os turistas nacionais chegam a desembolsar cerca de R$ 4,9 mil, enquanto que os baianos costumam gastar cerca de R$ 1,7 mil e os estrangeiros, R$ 3,5 mil. Estes dados são baseados em pesquisa de análise de perfil dos turistas, realizada pela Prefeitura. Pelo aeroporto, chegaram quase 77 mil turistas, contra aproximadamente 71 mil da folia do ano passado (entre 8 e 13 de fevereiro). Pelo porto foram 32 mil. E, pela rodoviária, a estimativa é de 82 mil passageiros, contra 78 mil de 2017.

Outros setores da economia comemoram os resultados obtidos com a festa e ao longo do Verão. No setor de alimentação, os bares situados no circuito turístico, que engloba o extenso trecho entre Stella Maris e Pelourinho, tiveram aumento entre 30% a 40% no faturamento de janeiro até o Carnaval deste ano – em comparação ao mesmo período do ano passado. Além de mais receita, milhares de empregos temporários já foram gerados.

Clima de paz – Outro dado importante é a redução da violência na festa. Os módulos assistenciais à saúde montados pela Prefeitura nos circuitos do Carnaval contabilizaram 4.953 atendimentos, número 3,5% menor que a folia momesca do ano passado. A redução dos casos de violência foi um dos principais motivos da queda significativa das ocorrências registradas durante toda a festa. Esse clima de paz é confirmado pelos números da Guarda Civil Municipal. Foram contabilizados 477 atendimentos, o que representou uma redução de 45,6% em relação ao ano passado.

Categorias: Destaque

Comentários estão fechados