Falando italiano e sonhando em ser chefe de cozinha, o jovem Igor André, de 20 anos, visitou na última semana o abrigo Lar Vinícius, em São Paulo, onde viveu de 2001 a 2003 até ser adotado, aos cinco anos, por uma família italiana. O jovem emocionou-se ao ver as fotos da infância, documentos, funcionários da época e até a escola onde estudou.
Essa é uma das muitas histórias felizes de adoção que o Lar Vinícius promoveu desde que foi oficializado, em 1996. Segundo a diretora da instituição, Maria Inês Ribeiro, nesses mais de vinte anos, 274 crianças já passaram pelo abrigo, sendo 140 adoções nacionais, 23 internacionais, e 86 crianças retornaram à família. Hoje o abrigo acolhe 17 crianças até seis anos.
Se os números de adoção são promissores, a arrecadação para manter a Instituição nem sempre acompanha esse desempenho. Para manter as 17 crianças, sem ajuda governamental, os funcionários e voluntários do Lar Vinícius realizam bazares, festas, jantares, rifas e contam com muita criatividade para quitar os gastos. “No momento, estamos precisando, com urgência, fazer consertos na nossa unidade do Bonfiglioli para dar mais conforto e segurança aos nossos pequenos. Para isso fizemos a Vakinha online”, conta a diretora e fundadora do Lar Vinícius, Maria Inês Ribeiro.
O abrigo atende crianças em situação de abandono em duas unidades em São Paulo, uma no bairro Bonfiglioli e outra no Jabaquara. Todas as crianças são encaminhadas pelos respectivos Foros e ficam no Lar até serem adotadas ou reintegradas à família. No ambiente semelhante ao doméstico, as crianças recebem amor, educação, tratamento médico e psicológico.
