Revelação da escolinha baiana de árbitros estreia no Brasileiro

Revelação da DBAF vai estrear como árbitro da CBF. Luanderson Lima, de apenas 22 anos, está escalado para o jogo de segunda-feira, 23.

Será em Macaé, no interior do Rio de Janeiro, na próxima segunda-feira, às 15 horas. Launderson Lima vai estrear no quadro da CBF. O primeiro fruto da Divisão de Base de Árbitros de Futebol foi anunciado como auxiliar na partida Americano e Novorizontino, pela série D, com arbitragem de Ricarle Gonçalves Batista.

A escala divulgada nesta quinta-feira colocou o rapaz de 22 anos em seu primeiro compromisso de um campeonato profissional organizado pela CBF. “Quando recebi a mensagem de olhar o portal, chorei muito. É a realização de um sonho”, afirmou Luanderson.

O novo auxiliar nasceu na DBAF, mas pode-se dizer que sem Luanderson ela também não existiria. Foi o interesse demonstrado por aquele menino de 11 anos, da comunidade da Engomadeira, em Salvador, que chamou a atenção de Rildo Gois. Havia uma necessidade de formar novos árbitros de futebol e seria uma outra janela para a inclusão social de jovens carentes.

A dupla trabalhou por quatro anos até Rildo resolver criar a DBAF e aumentar o acesso para outros jovens. Neste mês de abril, ela comemorou o sétimo ano de existência, ajudando mais de 150 crianças e adolescentes de dez até 17 anos, que, todos os sábados, recebem aulas teóricas e práticas sobre as regras e funções da arbitragem, com palestras que abordam disciplina e cidadania, atividades lúdicas e alimentação. Alguns meninos já ajudam suas famílias com o que ganham por atuarem em jogos amadores na capital baiana.

Luanderson entrou para o quadro da Federação Baiana e no ano passado também passou a fazer parte do quadro da CBF. Se identificou com a função de auxiliar e na semana passada ganhou o prêmio de árbitro revelação do Estadual 2018. “É uma sensação de conquista”, resumiu Luanderson.

No intervalo da grande final baiana entre Vitória e Bahia, este ano, meninos e meninas fizeram uma rápida apresentação. Para Gois, tudo isso é o “reconhecimento ao belo trabalho desenvolvido pela Divisão de Base de Árbitros de Futebol”, e que só é possível ser feito com ajuda de instituições como o Colégio Parque, no bairro de Cabula, e doações de sindicatos e federações. Para que outros Luandersons apareçam, é preciso um patrocinador. “Somos carentes e precisamos de apoio”, não cansa de repetir Rildo Gois.

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